sexta-feira, 17 de junho de 2011

Second Life da Comunicação Moderna

Mariana Senra e Monique Araki


“Second life da comunicação moderna” foi o tema do debate entre a coordenadora de pesquisa da Rede Record Minas, Mariana Senra, e a coordenadora de comunicação da mesma empresa, Monique Araki. Em pauta a atualidade da comunicação e a chamada “2° vida”, que é a vida na internet e nas redes sociais.

Monique Araki exibiu antigos vídeos publicitários de margarina e destacou que, há 20 anos, a demanda era maior que a oferta e as propagandas destacavam mais determinadas qualidades do produto, por exemplo, “a margarina é gostosa e cremosa”. “Hoje, a situação se inverteu, a oferta é maior que a procura e não é mais necessário falar dessas qualidades da margarina, já que há muitas margarinas no mercado e falar que ela é gostosa e cremosa não funciona mais”, explica a coordenadora de comunicação.

Monique Araki explica que, hoje, a gente não se preocupa em entender o ser humano, como faziam os grandes filósofos e fala sobre semiótica, “não nos preocupamos em tentar materializar o pensamento, como os filósofos”. As propagandas são capazes de fazer as pessoas pensarem que vão ficar bonitas com, por exemplo, o uso de um batom. Com ilustração de artistas famosos, fotos das celebridades maquiadas em comparação com elas naturais, nem parecem à mesma pessoa. “A realidade choca”, afirma Mariana Senra.

Redes sociais e dados demográficos

As propagandas utilizam de dados demográficos para construírem seus produtos e propagandas, os dados demográficos são gênero, classe social e faixa etária. “Estudar um consumidor somente por esses dados é muito superficial para saber o que realmente o consumidor quer”, alerta Mariana.

As redes sociais são monitoradas e essa é uma forma eficaz de saber o que realmente as pessoas querem comprar, existem muito mais informações do usuário e sabe-se o que ela gosta. “As pessoas se conectam pelos interesses e não por caixas demográficas”, afirma a coordenadora de pesquisas. “Os institutos de pesquisa só consideram as pessoas até os 60 anos, depois disso elas são descartadas das pesquisas”, conta a coordenadora de pesquisas em relação a pesquisas para desenvolver produtos”.

As mulheres estão dominando o espaço da mídia social no mundo inteiro, tanto na compra, quanto nas horas de internet e redes sociais. O site http://www.sophiamind.com/ desenvolve pesquisas para o público feminino, e segundo ele o Orkut, diferentemente dos demais países, é a rede social mais utilizada pelas mulheres brasileira, cerca de 75%.
A forma que poderia trazer maiores resultados é uma ligação dos dois métodos. “O ideal é juntar dados demográficos e redes sociais e, além disso, observar como as pessoas se divertem”, finaliza Senra.

Por: Bárbara de Andrade
Foto: Marina Costa

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